México: descoberta de ossada do século XVI pode ser prejudicada
22/09 às 17h24 - Atualizada em 22/09 às 17h25
A descoberta de uma ossada humana dos séculos XVI e XVII no Centro Histórico de Mérida, na península mexicana de Yucatán, anunciada nesta quinta-feira pode ser prejudicada por uma construtora. As informações são da Agência Ansa.
Os investigadores do Instituto Nacional de Antropologia e História localizaram os restos "de maneira fortuita" durante uma escavação do solo que tinha como objetivo, a princípio, implantar estruturas para a recuperação de um trecho da chamada Passagem Revolução. O sítio arqueológico, localizado entre a Catedral de Mérida e o Ateneo Peninsular, é atualmente ocupado pelo Museu de Arte Contemporânea de Yucatán e, na época colonial, uma capela foi erguida no local.
Os arqueólogos afirmaram que, apesar da importância da descoberta, a empresa construtora encarregada pela obra se negou a informar oficialmente ao governo sobre os achados, o que poderia provocar danos às ossadas pelos efeitos dos raios solares e das intensas chuvas prognosticadas para as próximas horas. "É lamentável que a construtora Proser se negue a informar sobre a descoberta registrada nesta semana, entre a Catedral e o Museu de Arte Contemporâneo, ao efetuar escavações que, sabemos, precisam da autorização oficial de Yucatán", indicaram os cientistas.
A agência mexicana de notícias Notimex informou que um dos arqueólogos, que preferiu ficar no anonimato, afirmou que os vestígios poderiam ter até 400 anos de idade. "Pessoas sem conhecimento sobre arqueologia e antropologia vão se encarregar de retirar as ossadas", o que, segundo ele, pode levar à perda de "informação valiosa que pode se obter delas", lamentou.
A península de Yucatán é conhecida por seu vasto acervo arqueológico herdado de construções e vestígios da civilização maia.
Fuente: http://www.jb.com.br
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